Semana Especial #Loney
A Intrínseca está realizando, entre os dias 18 a 22/07, uma ação com os blogs parceiros para debatermos algumas peculiaridades de Loney – escrito por Andrew Michael Hurley e lançado em junho pela editora -, trocarmos uma ideia sobre a publicação e falarmos um pouco da experiência de leitura. Nós, do Vai Lendo, ficamos muito felizes ao receber a prova do livro e já mostramos a vocês o que achamos desta sombria obra (clique aqui para ver a resenha na íntegra). Mas, agora, quero enfatizar o que mais me chamou atenção em Loney: a atmosfera do lugar.
Para quem ainda não conhece, Loney conta a história da família Smith, que busca a cura para a mudez do filho mais velho realizando uma peregrinação a um antigo santuário, que acreditavam realizar milagres. No entanto, este lugar fica em uma região não muito amigável. Meio sinistra, por assim dizer.
O livro retrata a viagem da família com um grupo de amigos e um novo padre, trabalhando basicamente a questão da fé. Falar de cura de doenças não é genuinamente sombrio, apesar de ser sobrenatural, porém, o conservadorismo religioso dos integrantes e, principalmente, o lugar dão o tom aterrorizante da narrativa.
“Era impossível conhecer de verdade o Loney. O lugar mudava a cada afluxo e recuo das águas, e as marés revelavam os esqueletos daqueles que pensaram que poderiam escapar das suas traiçoeiras correntes. Ninguém jamais chegava perto da água. Isto é, ninguém exceto nós.”
O lugar que da título ao livro é o grande trunfo de Andrew Michael Hurley. Por isso, escolhi esse tema de hoje para escrever. Acredito que aqui deva estar o principal debate técnico em torno de Loney. O autor consegue descrever um ambiente com uma qualidade inquestionável. Lendo a narrativa é possível facilmente imaginar e sentir calafrios com a paisagem. As descrições são impecáveis. Sinceramente, eu acho que qualquer trama ficaria macabra neste cenário. A riqueza desta atmosfera surpreende, e o lugar parecia ter vida própria!
Eu sei que o objetivo do livro era mesmo falar sobre fé, mas fiquei tão encantado com as descrições que só conseguia pensar nisso após o fim da leitura. No geral, tenho algumas ressalvas quanto a Loney – falo sobre isso na resenha -, porém, em termos de ambiente, considero essa construção uma das melhores que já li.
Se você curte histórias de terror, lhe convido a experimentar Loney e, se você tem pretensões de escrever tramas do gênero, a leitura é obrigatória! Sério, você tem muito a aprender em como narrar um ambiente que, por si só, exala tensão.
Curtiu? Quer saber mais sobre Loney? Acompanhe a #Loney durante esta semana especial preparada pela editora Intrínseca e saiba mais sobre o universo criado por Andrew Michael Hurley. Deixe o seu comentário nos posts relacionados ao livro para podermos debater. E, nas redes sociais, não se esqueça de usar a #Loney.