Estrela da Manhã, de Pierce Brown | Resenha
‘Estrela da Manhã’: um desfecho descomunal para uma história fantástica!
Que livro, gente!
Eu estou tão feliz por ter tido a chance de ler um livro que me agradasse tanto… Que nem estou conseguindo pensar direito em uma forma de fazer essa resenha ser algo além de exclamações e juras de amor e devoção à criatura sensacional que escreveu essa maravilha e também à editora que a trouxe até nós.
Enfim, eu adorei o livro Estrela da Manhã, do magnífico Pierce Brown, publicado no Brasil pela Editora Globo, através do selo Globo Alt.
Aviso logo que VAI TER SPOILER – fala sério, gente, estou falando sobre o terceiro livro de uma trilogia. É claro que vai ter spoiler, né.
Leia a resenha do primeiro volume da série: ‘Fúria Vermelha’
Leia a resenha do segundo volume da série: ‘Filho Dourado’
Mas, bom, avisei. Agora, vamos lá.
A história continua de onde parou, ou seja, daquela armadilha horrorosa que a Soberana armou, com a ajuda do Chacal, Cassius, da Antonia e do Roque – odeio esse poeta chorão de meia tigela – para cima do Darrow, da família Augustus e dos seus aliados, matando todo mundo – foi uma coisa horrorosa.
Mas tudo isso está no segundo volume, Filho Dourado. Então, eu não falei nada que você, amigo(a) que já leu os outros livros, não soubesse – se você não leu os livros e está lendo essa parte da resenha, lamento muito, porque eu acabei de te contar um acontecimento bombástico do livro dois. Mas eu avisei que isso ia acontecer.
Continuando…
A história começa com o nosso querido amigo e narrador Darrow preso e torturado depois de ter sido emboscado e capturado pelos seus inimigos. Mas, como nós conhecemos o Darrow significativamente bem e conhecemos também os seus amigos loucos, podemos supor que a situação não se mantém assim por muito tempo ao longo da leitura – na verdade, é citado no livro que Darrow fica preso por vários meses.
E o que exatamente acontece depois vocês vão ter que adivinhar, ou ler Estrela da Manhã – algo que eu recomendo muito ferozmente.
Mas posso garantir que reencontraremos nossos personagens favoritos e desbocados – é sério, tem muito palavrão, mas eu gosto de palavrões nas histórias, porque eu acho que deixa a coisa mais real. Discursos muito bonitinhos e educados, além de serem cansativos, soam falsos. E você, que pretende ler o livro, vai perceber que, em Estrela da Manhã, há muitas batalhas – os outros dois também tiveram, mas as batalhas desse terceiro volume me pareceram mais grandiosas. Sem falar, é claro, que a porradaria rola solta, o Sevro continua sendo a criaturinha maléfica que sempre foi – se bem que podemos ver mais sentimento nele nesse livro -, o Chacal é insuportável – adoro ele -, a Mustang continua irritantemente brilhante e o Darrow continua… Sendo o Darrow que amamos – se você não ama o Darrow, eu sinceramente não sei porque está lendo a trilogia Red Rising, já que ele é o narrador. Ou seja, estamos com ele o tempo inteiro.
Estrela da Manhã foi o tipo de livro que eu não consegui devorar propriamente falando – considerando que o livro é relativamente extenso, eu até que li bem rápido, porque, quando o livro é bom, é assim. Mas, enfim, não o devorei porque ele é denso. Então, a todo momento eu me via tendo que parar, respirar – talvez, chorar um pouco, mas não de tristeza, normalmente era de emoção – e refletir sobre o que havia acabado de ler para, então, continuar lendo.
Eu fiquei bem impressionada – tanto quanto fiquei nos outros dois, a bem da verdade – com a riqueza de detalhes que o autor dá ao leitor o tempo inteiro. Eu só consigo imaginar o quanto ele estudou para escrever essa história, porque ele tem uma linguagem técnica, às vezes, muito rebuscada – e isso enriquece muito o trabalho do autor, ao meu ver, porque, quando o autor não estuda sobre o assunto, o livro se torna insuficiente. E esse é um dos motivos que me fazem pensar que um leitor iniciante não vai conseguir ver a beleza de Estrela da Manhã. Na verdade, acho que esse livro é mais para leitores de ficção científica propriamente ditos, embora eu possa afirmar que o Pierce – já sou íntima, até uso o primeiro nome do cara – tenha colocado praticamente tudo dentro dessa história – tem romance, drama, sangue para todo lado, monstros, suspense e muita emoção.
E o final… Nossa. Foi lindo – e muito diferente do que eu esperava. Foi um final digno de uma grande história.
Ah, e o título foi muito bem colocado – eu adoro quando o título faz sentido. Enfim, eu adoro quando o trabalho é profissional.
Nada como um final fantástico para fazer um leitor se sentir completo e chorar horrores – se bem que eu choro de felicidade quando termino uma série ou trilogia, principalmente quando acho o final bom. Porque eu acho que terminar uma série ou uma trilogia que nós adoramos é um acontecimento muito feliz, vocês não?
Quanto ao trabalho da editora, não tenho do que reclamar. A capa está muito, muito coerente com a história, está muito bem feita e seguindo o mesmo estilo das capas anteriores. A diagramação está bem simples, mas não vi nada de errado. O livro é um pouco extenso, mas quem leu os outros dois volumes certamente vai curtir muito a leitura desse e nem vai ligar para a espessura – eu, pessoalmente, gosto de livros extensos. A revisão está boa. E, portanto, meu parecer é de que foi um excelente trabalho e a editora está de parabéns. É um livro que dá orgulho de ter na estante.
Gente, serei sincera, eu não conseguiria encontrar um defeito nesse livro nem se quisesse. Nem nos palavrões. Gosto dos palavrões. Nem no sangue espirrando pelas páginas. Também curto uma mortes sanguinolentas.
Eu adorei. É isso. Fim.
Recadinho para o autor: Pierce do meu coração, escreve logo outro livro, vai?