Semana Peculiar Intrínseca: Personagens preferidos e quotes preferidos
Como quem leu os livros deve saber, a trilogia de Ranson Riggs, O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, é recheadíssima de personagens… bom, peculiares.
A missão de hoje é nada menos do que dizer qual deles é o meu preferido e o porquê.
Challenge accepted!
Queiram, por favor, me acompanhar no meu devaneio e rememoração da história e dos personagens para me ajudarem a escolher o que mais combina comigo.
O primeiro que temos é o personagem principal e narrador, Jacob Portman, um adolescente de 16 anos – pessoalmente, não tenho nada contra adolescentes de um modo geral, mas isso não conta muitos pontos a favor dele -, meio depressivo – esse é um ponto negativo mesmo -, com uma família complicada – isso eu acho que todo mundo tem, ao seu modo – e um descaso com tudo o que acontece na sua vidinha sem graça.
Dificilmente seria o meu personagem favorito.
Vamos em frente!
Os familiares e o único amigo de Jacob quase nem chegam a aparecer – exceto o avô dele, que acaba “aparecendo” mais por causa da lembrança que os demais personagens têm dele. E eu até gosto do Vovô Portman, mas como eu passei a gostar só do “eu” jovem dele, não vou adicioná-lo na lista.
Vamos aos nossos queridos personagens peculiares!
Comecemos com ninguém menos do que a própria Srta. Peregrine, uma das cinco Ymbryne, capaz de abrir fendas no tempo e, ainda por cima, consegue se transformar em um falcão-peregrino. Mas eu a achei um pouco séria demais para o meu gosto.
Próximo!
A Emma, capaz de brincar com fogo – literalmente –, ex-namorada do avô do Jacob e, no momento atual do livro, se torna uma paixonite do Jacob, retribuindo também os sentimentos dele. E eu achei isso muito estranho, porque ela namorava o avô e agora está querendo o neto também…
Fala sério, né. Menina fominha…
Próximo!
A Olive, uma pirralhinha flutuante. Não é a minha preferida. Mas achei a piadinha que é o nome dela engraçado. O autor colocou na personagem que é leve como o ar o sobrenome de Elephanta. Teve senso de humor. Gostei.
O Millard, o garoto invisível. Eu gosto dele. Acho-o fofo e ele também é inteligente e muito observador. Vou com a cara dele.
A Bronwyn – meu Deus, pronunciei o nome da menina errado durante todo esse tempo, eu achava que era Brownyn, que horror -, a menina super forte. Não… ela é responsável demais para ser minha personagem favorita.
O Horace, o sujeito estiloso e vidente. Cara, ele usa uma cartola. Eu amo cartolas! Esse sujeitinho tem estilo e, por isso, ganhou o meu respeito. Mas não é o meu favorito.
O Enoch, aquele moleque chato que consegue dar vida aos mortos por determinado período de tempo. Ele é muito cricri, é aquele tipo de pessoa que te irrita por causa dos comentários ácidos. Mas eu também sou meio assim, então, eu não desgosto dele por isso.
A Claire, outra pirralhinha muito esquisita. Gente, fala sério, ela tem uma segunda boca na parte de trás da cabeça! Que isso, cara?! Uma segunda boca, cheia de dentes afiados… cruzes! Não! Não é a minha favorita! Tenho medo dessa menina!
O Hugh, o das abelhas. Eu fico me perguntando como é quando ele come, porque as abelhas ficam no estômago dele, certo? Então, quando engole a comida, deve ser bem emocionante para os bichinhos lá dentro – tipo aquele jogo antigo de encaixar as pecinhas que caem, Tétris é o nome do jogo. Bizarro demais para ser o meu favorito.
E tem também a Fiona, que quase não aparece, mas é a menina que tem talento com as plantas – até que é maneirinha a peculiaridade dela. Mas ela não aparece o suficiente para que seja a minha personagem favorita.
Ainda tem mais alguns personagens, como os acólitos – que, por serem os malvadões da história, tinham as maiores chances de serem os meus favoritos, mas eu não consegui me apegar a eles, porque não os achei malvados o suficiente -, as crianças e demais peculiares que aparecem depois e os animais peculiares.
Os animais peculiares… dentre eles um cachorro falante e inteligente bem peculiar mesmo.
Pois é, gente. O Addison, o cachorro peculiar, é o meu personagem favorito dentre todos. Não que eu seja louca por cães, mas é que eu sou uma pessoa estranha, com gostos peculiares e o Ransom conseguiu colocar um cachorro falante e excêntrico na história – fala sério, o bicho usa óculos escuros, fuma cachimbo e, como se não bastasse, é mais inteligente do que a maioria dos seres humanos; não dá para não gostar, né?
Sabe, eu fico imaginando o meu cachorro falando. Eu imagino o que ele diria – na verdade, eu acho que difícil mesmo seria fazê-lo calar a boca -, imagino como seria a voz dele – como ele é bem pequeno, eu acho que ele teria uma voz parecida com as dos esquilos do filme Alvin e os Esquilos, aquela vozinha fina e irritante – e, é claro, convivendo comigo, eu tenho quase certeza de que ele seria meio desbocado – seríamos ótimos amigos, quando não estivéssemos tentando matar um ao outro.
Eu acho que se os cachorros do mundo real fossem como o Addison, a raça humana não seria a dominante.
Mas, enfim, o segredo foi revelado. Dentre todos os vários personagens criados por Riggs, Addison, o cachorro gênio falante, é o meu favorito!
Bom, óculos escuros o meu cachorro já tem, mas estou pensando em arrumar um cachimbo para ele.
Ah, e eu não posso esquecer dos quotes que eu mais gostei, é claro – é até engraçado, porque eu sempre tive a mania de ler marcando com post-its ou marcadores de página os meus quotes preferidos, já cheguei a gastar quase todo o meu estoque de marcadores com isso.
“Quando eu era pequeno, as histórias fantásticas do vovô Portman significavam que era possível viver uma vida mágica. E, mesmo depois que parei de acreditar nele, ainda havia algo mágico sobre meu avô: ter superado todos os horrores que ele superou, ter visto o pior da humanidade e ter a vida desfigurada por causa disso, e sair de toda essa situação como a pessoa honrada e boa e corajosa que eu sabia que ele tinha sido – isso era mágico”, (p. 85/86, O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares)
Gostei desse trecho pelo fato de que ele mostra que, mesmo diante de coisas enormes e que não entendemos, podemos sobreviver e, ainda assim, nos tornar admiráveis.
“Ele podia ver os monstros”, (p. 229 e 231, O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares).
Cara, ele podia ver os monstros. Quem leu o livro, vai saber que isso não o tornava louco. Pelo contrário, o deixava ainda mais são. Para mim, esse trecho me fez pensar que monstros são reais, a maioria só não consegue vê-los.
E, por último:
“Temos tempo”, (última página, Biblioteca de Almas).
Seria bom, não acha?