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O Segredo do Vaticano, de Jonathan Carter | Resenha

‘O Segredo do Vaticano’: uma leitura ágil sobre crença, religião e humanidade

Quanto vale um segredo? Uma vida? A paz mundial? E se for um segredo capaz de mudar a história? Até onde o ser humano pode chegar na busca pelo poder? Nos fazemos essas perguntas constantemente, ao longo da leitura de O Segredo do Vaticano, de Jonathan Carter, publicado pela editora Arwen.

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Durante uma viagem pelas dunas do deserto, o professor Michael acaba encontrando um artefato antigo, misterioso e de valor inestimável. Ao mesmo tempo, em Roma, Lorenzo é um policial católico e devoto que lidera a investigação do assassinato de um padre em circunstâncias incomuns. Já Francisco é um senhor imponente e estudioso, que dedicou a sua vida aos segredos da humanidade. A vida de todos eles fica interligada quando eles estão prestes a desvendar o segredo do Vaticano.

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O Segredo do Vaticano é um livro surpreendente. Dono de uma boa premissa – eu simplesmente adoro tramas que abordam fatos históricos e trazem alguns mistérios sobre a humanidade -, o livro tem um ritmo bastante ágil e fluido, resultado da boa escolha por capítulos curtos e intercalados pelos pontos de vista de seus três personagens principais. É muito interessante acompanharmos a jornada do trio, suas descobertas e tentar adivinhar onde tudo aquilo vai acabar.

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Jonathan Carter conseguiu desenvolver bem a narrativa, alternando os momentos da trama em três lugares distintos. Acredito que isso ajude a instigar cada vez mais o leitor a adiantar a leitura para entender como todos eles estão ligados (pelo menos, funcionou comigo!). Senti uma certa familiaridade com o estilo do autor e as obras de Dan Brown (o que, para mim, que sou fã do Brown, seria um elogio!). As explicações a respeito das diferenças entre as culturas, porém, principalmente de como elas podem estar também relacionadas é muito interessante e me fez ter vontade de saber um pouco mais a respeito disso. Por mim, eu faria outro parágrafo inteiro só para debater a discussão levantada no livro (sobre crença, religião, humanidade e a Terra), mas prefiro me conter para não dar spoilers.

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Apenas dois pontos me chamaram a atenção negativamente e prejudicaram um pouco, na minha opinião, a análise: a revisão – não foram tantos erros, mas alguns incômodos – e a conclusão da trama. Tive a sensação de que a resolução da história foi um pouco abrupta e superficial, numa narrativa que vinha sendo bem construída e amarrada em detalhes. Nos capítulos finais, senti que as coisas foram resolvidas de maneira bem simples e consequentemente não muito coerentes com o que vinha sendo apresentado, uma vez que era um caso teoricamente difícil e cheio de questões políticas e sociais. Para mim, faltou um desdobramento mais firme e surpreendente, como o restante da história.

No geral, no entanto, O Segredo do Vaticano é uma leitura rápida, cativante, instigante e, até mesmo, reflexiva. Vale, e muito.

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Jornalista de coração. Leitora por vocação. Completamente apaixonada pelo universo dos livros, adoraria ser amiga da Jane Austen, desvendar símbolos com Robert Langdon, estudar em Hogwarts (e ser da Grifinória, é claro), ouvir histórias contadas pelo próprio Sidney Sheldon, conhecer Avalon e Camelot e experimentar a magia ao lado de Marion Zimmer Bradley, mas conheceu Mauricio de Sousa e Pedro Bandeira e não poderia ser mais realizada "literariamente". Ainda terá uma biblioteca em casa, tipo aquela de "A Bela e a Fera".

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