Agora e Para Sempre, Lara Jean, de Jenny Han | Resenha
‘Agora e Para Sempre, Lara Jean’: uma delicada despedida
Quem disse que crescer é fácil? Assumir responsabilidades, tomar decisões, fazer escolhas… Mas tudo pode ser menos complicado se você tiver bolos, cupcakes, um pai generoso, duas irmãs e um namorado dedicado. No entanto, ainda assim, chegar à vida adulta pode ser mais complicado para Lara Jean, se isso implica deixar aqueles que ama. Prepare os lencinhos e o coração para Agora e Para Sempre, Lara Jean, terceiro e último volume da série escrita por Jenny Han, publicada pela editora Intrínseca.
Neste terceiro livro, Lara Jean está no último ano do colégio e a vida não poderia ser melhor. Seu romance com Peter segue firme e forte, seu pai conseguiu um novo amor e Margot está vindo passar o verão em casa. Mas, entre preparativos, passeios de turma e bailes de formatura, Lara Jean precisa encarar as grandes e difíceis decisões que essa nova fase traz, principalmente a faculdade onde vai estudar. Ela será capaz de deixar a sua família e seu grande amor para trás?
É incrível como Jenny Han consegue tocar os nossos corações com uma história tão verdadeira e natural. Que narrativa leve e doce, que nos faz reviver todos os momentos com Lara Jean. É sério, eu praticamente senti que estava vivendo todas aquelas emoções com ela! De fato, me emocionei com essa transição da personagem. O melhor é acompanhar o amadurecimento e a evolução dela ao longo dos três livros e perceber o cuidado e a preocupação da autora em manter a sua essência. Isso é o que mais admiro em Lara Jean. Ela cresceu, se superou, mas em nenhum momento perdeu a ingenuidade e a sensibilidade que tanto nos encantam. Que personalidade cativante!
Por falar em cativante, o que dizer dos outros personagens que aprendemos a amar tanto quanto a protagonista? Eu sou muito fã da família de Lara Jean (mesmo de Kitty e Margot que, em minha opinião, conseguem ser bem chatinhas, de vez em quando). Admiro a sua união, sua força e a forma como eles mantêm os seus costumes, suas tradições. E o que dizer do pai das meninas? Do seu receio de viver um novo amor e da sua coragem e determinação de querer ser feliz novamente? Achei tão emocionante! De verdade. E, claro, também temos Peter. O surpreendente, carismático e charmoso Peter. É linda a relação entre ele e Lara Jean. E, nossa, Jenny Han consegue passar tanto aquela sutileza do amor jovem, adolescente, cheio de insegurança e ansiedade…
É tudo tão real, tão natural. Não é que todos eles sejam extremamente bons ou que tudo seja um mar de rosas. Não mesmo. E eu acho que esse é o ponto. A autora nos faz viajar novamente para a nossa adolescência (pelo menos, quem já passou por ela), com todos os conflitos e reviravoltas que essa fase nos proporciona. E levanta debates bem interessantes sobre o momento em que precisamos tomar as nossas primeiras grandes decisões. A vontade que eu tive durante toda a leitura foi de simplesmente poder ajudar Lara Jean, abraçá-la como amiga e dizer que tudo isso passa. Mas somos todos humanos e temos os nossos medos, nossos momentos de dúvidas e questões. Uma coisa que eu gosto muito na narrativa de Jenny é que, em nenhum momento, ela aborda assuntos de maneira superficial ou como se fosse mais um drama adolescente. Não, Jenny dá aos temas a importância que eles têm para aquela faixa etária, para aquela realidade. Foi tão gostoso acompanhar a jornada não apenas de Lara Jean, mas de todos os personagens e perceber o quanto eles mudaram. A despedida nunca é agradável e deixa sempre um gosto de quero mais. Aliás, essa foi a minha sensação ao término do livro. Queria mais. Mas entendi a decisão da autora e a forma como a obra acabou.
Agora, só nos resta relembrar com carinho das passagens e dos diálogos delicados que tivemos o prazer de ler, das tradições coreanas que aprendemos com Lara Jean, suas irmãs e avó e do prazer e da felicidade ao conhecer essa história e personagens tão marcantes.
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