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A Garota que Bebeu a Lua, de Kelly Barnhill | Resenha

O livro A Garota que Bebeu a Lua, de Kelly Barnhill, publicado no Brasil pelo selo Galera, da editora Record, estava na minha estante havia um tempinho, esperando chegar a sua vez.

E ela finalmente chegou.

A Garota que Bebeu a Lua conta a história de Luna, uma menina que foi abandonada na floresta quando bebê para servir de sacrifício e salvar a sua vila, no charco, que era controlada pelo Conselho dos Anciãos e pelas Irmãs de Ferro. 

Dizem as lendas que uma bruxa vivia na floresta e que ela devorava crianças. As pessoas do charco tinham medo de que ela, em sua fúria, destruísse todos eles. Por isso, a criança mais nova nascida naquela estação era sacrificada para o bem maior.

Mas será que era isso mesmo?

A história de Luna vai nos contar algo bem diferente.

E assim termino esse resumo completamente ambíguo e que não te diz quase nada. Mas você pode ler o livro para saber mais.

Comprei esse livro pela sua proposta de uma história que me pareceu sincera e quase infantil — tendo a magia como temática. Eu queria uma história clara, sem muitos rodeios, com muita magia, criaturas mágicas e misteriosas e uma bruxa. 

E foi exatamente o que consegui com A Garota que Bebeu a Lua

Eu gostei da história. Todos os personagens são bem montados. Tanto que não consigo escolher um favorito. Estou em dúvida entre a poderosa bruxa Xan, com que eu adoraria aprender a fazer magia; o centenário monstro do pântano Glerk, cujas histórias e poemas eu adoraria ouvir; e o dragão imensamente minúsculo Fyrian, que é simplesmente uma gracinha.

A história é bem montada e tudo se encaixa perfeitamente; é bonita e, no final, eu senti que aprendi alguma coisa — que a tristeza é muito perigosa. 

Mas também senti que faltou alguma coisa. Em nenhum momento do livro eu senti aquela emoção que te faz querer saber desesperadamente o que vai acontecer em seguida e passar as páginas freneticamente. Eu li o livro com total calma e nem fiquei criando teorias para possíveis finais, como gosto de fazer. No entanto, acho que a história tem muitos pontos positivos e que é perfeitamente passível de ler e gostar. Acho que eu é que esperava algo diferente.

Quanto ao trabalho da editora, não tenho nenhuma reclamação. A capa está linda, a revisão está muito boa, a diagramação também e o material físico está ótimo. A editora fez um belo trabalho.

A Garota que Bebeu a Lua tem muitos pontos positivos e eu não posso, de jeito nenhum, dizer que não gostei. É exatamente o tipo que eu gosto. Ele só não me fez querer devorar o livro. 

Mas acho que vale a pena a leitura, pelo maior menor dragão que já vi em um livro. 

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