Os Magos de Caprona, Diana Wyne Jones | Resenha
Acho que já deixei claro que sou fã de carteirinha das histórias da Diana Wyne Jones. Então, não vai ser surpresa que eu resenhe, comente, adore e super recomende — certo, parei — mais um dos livros dela. Trata-se de Os Magos de Caprona, tecnicamente o segundo volume da saga Os Mundos de Crestomanci, publicado pela Geração Editorial. Digo tecnicamente porque, pelo que pude observar, na verdade, a ordem com que se lê essa saga não é muito importante, porque todas as histórias são independentes entre si, com início, meio e fim. Pode ser que seguir a ordem seja mais interessante apenas porque alguns personagens de histórias anteriores reaparecem nas posteriores — exatamente como a trilogia dos castelos dela também. Mas a verdade é que isso não atrapalha em nada na compreensão e deleite das histórias.
Em Os Magos de Caprona, Jones nos leva para a Itália, em um ducado chamado — adivinha? — Caprona, onde a Casa Montana e a Casa Petrocchi dominam todo o negócio de feitiços — e, com os conflitos que estão prestes a acontecer em seu ducado contra inimigos de fora, feitiços de guerra são muito necessários. E, naturalmente, as duas famílias se odeiam por causa de alguma treta muito antiga. Cada um fica se culpando por coisas que eles nem sabem. Quando a verdade é que poderiam fazer coisas incríveis juntos. E, talvez, sejam as gerações mais jovens das duas famílias que tenham que mostrar isso. Com uma ajudinha do incrivelmente maravilhoso Crestomanci — porque ele sempre está no lugar certo, na hora certa, fazendo as coisas certas.
Neste livro, Jones segue o seu estilo de deixar muitos mistérios no início e dar as respostas em doses homeopáticas da segunda metade até o fim, com muitas reviravoltas, problemas a serem resolvidos e, naturalmente, muita magia.
O caráter dos personagens fica claro logo de cara, e cada um tem a sua importância para a história, de forma que eu não saberia destacar protagonistas. Mas achei todos muito bem desenvolvidos — muitas vezes, dá para identificar o personagem só pela fala.
Quanto ao trabalho da Geração Editorial, segue exatamente a mesma linha que o primeiro volume, Vida Encantada. Ou seja, bem básico — e ainda sinto falta das orelhas de capa.
Como normalmente acontece, Diana conseguiu me pegar de novo. Eu praticamente devorei o livro e, quando tinha que parar, ficava me perguntando o que ia acontecer na história.
Para mim, esse é tipo de leitura que vale a pena.
Título: Os Magos de Caprona | Autora: Diana Wyne Jones | Tradutora: Eliana Sabino |Editora: Geração | Páginas: 264