Vermelho, Branco e Sangue Azul, de Casey McQuiston | Resenha
Um romance entre a Casa Branca e o Palácio de Buckingham. Quem pode resistir a isso? O livro Vermelho, Branco e Sangue Azul, da autora Casey McQuiston, publicado pela editora Seguinte, nos trás essa premissa maravilhosa que só rendeu bons frutos. Com muitas risadas e diversas reflexões, esse livro é garantia de uma boa leitura.
Em Vermelho, Branco e Sangue Azul temos aquele típico romance onde, no início, o casal simplesmente não é capaz de ficar na mesma sala sem voar na garganta um do outro, seguido de uma paixão profunda que os faz enfrentar tudo e todos. Alex é filho da primeira presidente mulher dos Estados Unidos, mora na Casa Branca e é seguido por paparazzis devido à sua beleza e ao seu carisma. Enquanto isso, Henry é um dos herdeiros da Coroa Britânica, uma figura pública centrada, incapaz de fazer qualquer coisa que prejudique a imagem da família real, dono de um grande coração e lindo de morrer. Após um acidente de proporções diplomáticas, envolvendo o enorme bolo de casamento do irmão mais velho de Henry caindo no chão junto com os dois, eles são obrigados a, pelo menos, parecerem ser amigos e, daí para frente, se tornam inseparáveis.
Quando a Isa (@anatomiapop) falou sobre o Festival de Literatura Pop (FLIPOP 2020), eu fui olhar as sinopses dos livros e logo peguei Vermelho, Branco e Sangue Azul para ler porque, sejamos honestos, quem não adora uma boa história envolvendo a monarquia britânica? Admito que sou uma daquelas que os segue nas redes sociais, adora uma série ou filme que os represente e, lógico, ama uma boa fofoca os envolvendo. E, quando acrescentamos ainda a ideia de um escândalo dentro da Casa Branca, não tem como ficar melhor.
Preciso comentar: Só eu reparei que a descrição feita do personagem Henry parece bastante com o Príncipe William quando era mais novo (ou seja, antes de ficar careca)? Ou que o nome do próprio personagem é o nome de um dos príncipes ingleses (Harry é só apelido, o nome dele é Henry)?
Vermelho, Branco e Sangue Azul é um daqueles livros levinhos de se ler, mas que trás consigo um grande número de questionamentos importantes para a sociedade. Por estar numa categoria voltada para o público jovem, a questão de representatividades étnicas e de orientação sexual é absurdamente necessária, visto que a maior parte dos seus leitores está em uma época de autoconhecimento. Tenho percebido um crescimento no número de personagens bissexuais nas obras literárias, o que acho extremamente importante, pois, mesmo dentro da comunidade LGBTQI+, eles ainda sofrem um grande preconceito. Assim, ver uma pessoa bissexual, mesmo que fictícia, sendo largamente aceita e feliz é, sem sombra de dúvidas, algo poderoso para um leitor que se identifique com o mesmo.
A forma como a autora escreve é brilhante e simples, o texto flui incrivelmente e, quando percebemos, já estamos quase terminando o livro. Os questionamentos são colocados com leveza e, acima de tudo, muito humor. Perdi as contas de quantas vezes caí no riso enquanto lia Vermelho, Branco e Sangue Azul. Sem dúvida, é uma leitura que eu recomendo não só para o público jovem, mas também para aqueles leitores mais velhinhos (risos), assim como eu.
Título: Vermelho, Branco e Sangue Azul | Autor: Casey McQuiston | Tradutor: Guilherme Mirandahttps://amzn.to/3gIzmay
| Editora: Seguinte| Páginas: 392 | Compre o livro aqui: