A Inquilina de Wildfell Hall
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A Inquilina de Wildfell Hall, de Anne Brontë | Resenha

A Inquilina de Wildfell Hall

A Inquilina de Wildfell Hall, segundo romance lançado pela escritora Anne Brontë, em junho de 1848, foi um grande sucesso desde o início, tendo esgotado logo nas primeiras seis semanas de lançamento. O livro chegou ao mercado editorial brasileiro, a princípio, pela editora Record, em abril de 2017, e ganhou uma versão de luxo, que acompanha toda a coleção das famosas irmãs, pela editora Martin Claret.

A Inquilina de Wildfell Hall começa com a correspondência entre dois grandes amigos: Gilbert, que é quem nos narra a história, e Halford, que se encontra frustrado depois que o amigo não quis lhe contar uma anedota de seus tempos de juventude, após o mesmo ter contado uma de sua própria. Gilbert, então, começa a lhe falar sobre uma senhora que, durante um tempo, morou em uma casa semi abandonada perto da sua fazenda. Ele, inclusive, transcrevia o diário dela nas cartas, de modo que o amigo pudesse ter todos os detalhes sem a parcialidade do narrador. O diário de Helen nos traz uma inicial ingenuidade e vai amadurecendo quanto mais sofrimentos lhe são impostos pela vida e pelas escolhas que ela precipitadamente fez.

A Inquilina de Wildfell Hall

Consigo entender perfeitamente o porquê de A Inqulina de Wildfell Hall ter alcançado tanto sucesso na época em que foi lançado, visto que ele é extremamente transgressor em seu enredo. Trata de assuntos como alcoolismo e depravação de maneira extremamente gráfica, coisa que feria de forma bem profunda as sensibilidades da sociedade em que a autora vivia. Há ainda a caracterização da personagem principal, que vai além de qualquer preceito social existente em meados do século XIX.

Helen é uma daquelas personagens com uma força de caráter sem igual e com um conjunto de princípios claros, aos quais segue fortemente apesar de todas as adversidades a ela impostas. Mantém seus deveres, mesmo sofrendo terrivelmente com eles e só os quebra quando percebe que isso pode prejudicar outrem. A Inquilina de Wildfell Hall, assim como todos os romances escritos na mesma época, faz com que nossa querida personagem passe por uma miríade de sofrimentos, os quais ela estoicamente aguenta sem reclamar com ninguém.

 

A Inquilina de Wildfell Hall

A Inquilina de Wildfell Hall me deu alguns desesperos. Em diversos momentos, eu tinha grande vontade de entrar no livro e dar uma meia dúzia, melhor dizendo, uma dúzia inteira de tapas em vários de seus personagens masculinos. Personagens esses extremamente tóxicos e nojentos. Algumas personagens femininas também não são flor que se cheire, mas não tem nem comparação.

Contudo, esse se tornou o meu livro favorito entre o de todas as irmãs Brontë!!

Título: A Inquilina de Wildfell Hall | Autora: Anne Brontë | Tradutora: Solange Pinheiro | Editora: Martin Claret | Páginas: 643

Especial Irmãs Brontë

Provavelmente a estranha no ninho do grupo. Menina de exatas no meio da galera de humanas. Uma completa apaixonada por livros que precisa urgentemente diminuir a quantidade de livros que ficaram encalhados na estante.

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