Clássicos Sem Medo #7 | Abril Encantado

SIM!! Eu fiz outra substituição na lista do projeto. Como eu tirei um livro da editora Wish recentemente, resolvi colocar outro. Ainda não decidi qual sairá da lista original, mas provavelmente será o livro da Agatha Christie, já que a Ju está tocando outro projeto todo dedicado à autora: Leia Agatha Christie. Aliás, vocês já deram uma conferida?!

Abril Encantado, da autora Elizabeth Von Arnim, é de 1922 e estava sem publicação no Brasil. A obra foi trazida para cá pela editora Wish, em uma edição mega caprichada, de encantar – com o perdão do trocadilho – qualquer leitor.

SINOPSE

A Sra. Wilkins está infeliz. Vinda de Hampstead para fazer compras em Londres, ela senta na sala de fumantes do Clube de Senhoras e folheia o Times onde encontra o anúncio que irá mudar a sua vida.

Para Quem Gosta de Glicínias e Sol.

Pequeno castelo medieval italiano às margens do Mediterrâneo, mobiliado, vago para o mês de abril. A criadagem necessária permanecerá.

Z, Caixa-postal 1.000, The Times.

Largando o jornal, ela começa a divagar olhando pela janela, quando outra senhora senta e encara o mesmo anúncio: essa é a Sra. Arbuthnot. Ela também veio de Hampstead e, lá, é uma missionária fervorosa, mas também muito infeliz. A união dessas duas por uma idéia fixa de que tudo pode melhorar em uma primavera na Riviera Italiana é o pontapé inicial para essa história de autoconhecimento e recuperação da felicidade em um cantinho da Terra que parece o paraíso.

Juntando-se a elas, temos também a Sra. Fisher, uma velhinha que vive das glórias do passado e que é bem encrenqueira quando quer, e Lady Caroline, uma jovem de família nobre que viveu sempre sendo paparicada e precisa de espaço de todos aqueles que a conhecem.

San Salvatore as fará rir, chorar, pensar e se reinventar.

O QUE EU ACHEI?!

Muitas emoções diferentes me tomaram ao longo da história. A primeira coisa que bateu forte em mim foi o nome do local para o qual elas foram, San Salvatore. Eu estava doente e me sentindo muito mal (peguei covid-19) e, quando vi o nome, fiquei bem reconfortada porque Salvatore era o nome do meu pai.

O início do livro tem um ritmo mais lento, sem que as nossas personagens tenham chegado ao seu potencial máximo, parecendo, muitas vezes, até mesmo chatas e irritantes, principalmente Lady Caroline e a Sra. Fisher. Entretanto, quanto mais lemos, mais nos identificamos com elas. E acompanhar todo o seu desenvolvimento e crescimento nos faz sentir como se fôssemos suas amigas e confidentes.

Quando comecei a ler, muito por conta da sinopse, eu tinha uma expectativa do que viria a seguir, mas a autora me pegou e fui supreendida muito positivamente com o final. As viradas do enredo foram totalmente inexperadas e maravilhosas!!

CURIOSIDADES E AMBIENTAÇÃO

O nome de batismo da autora é Mary Annette Beauchamp, nascida em Sydney (Austrália). Foi educada na Inglaterra e, aos 24 anos, casou-se com Barão von Arnim, de quem adotou o nome, e se mudou para a Pomerânia, na Alemanha. Após a morte de seu primeiro marido, teve um caso de três anos com o escritor H. G. Wells e, depois, casou-se com Frank Russell, irmão mais velho do escritor e filósofo Bertrand Russell (ganhador do prêmio Nobel). Sempre cercada de outros autores, era também prima da escritora neozelandesa Katherine Mansfield.

Autora de mais de vinte livros, em sua maioria romances (sendo os mais conhecidos ambientados na Alemanha), foi muito admirada em sua época. No entanto, tornou-se mais conhecida a partir de 1992, com a adaptação deste romance para o cinema sob o nome “Um Sonho de Primavera”.

TERMÔMETRO DO CLÁSSICO – vai sem medo