Clássicos Sem Medo #8 | A Ilha do Tesouro
Estou atrasada neste post, eu sei, mas, em minha defesa, eu tive covid e minha orientadora de mestrado resolveu que eu precisava submeter um artigo na quarta com prazo para segunda, o que está me deixando completamente doida. Então, alguns dias de atraso são ok, né?! Eu juro que vai valer a pena!
O escolhido da vez é um clássico da literatura infantil cheio de aventuras em alto-mar, piratas, lutas de espadas, traição e uma grande caça ao tesouro. A Ilha do Tesouro, de R. L. Stevenson, foi publicado pela primeira vez no ano de 1883, sendo a primeira obra de ficção extensa do autor, que também é conhecido pelo clássico de terror O Médico e o Monstro (por sinal, é um dos livros que devem vir aí em outubro).
SINOPSE
Em um dia que parecia igual a um outro qualquer, a chegada de um sombrio capitão à estalagem Almirante Benbow é o passo inicial para tudo na vida de Jim Hawkins mudar completamente. O paranóico marujo passa os dias observando a costa com sua luneta e as noites, bebendo rum e cantando sempre a mesma melodia.
Quinze homens no peito do defunto…
IO-HO-HO e uma garrafa de rum!
Bebe que o diabo também te leva junto…
IO-HO-HO e uma garrafa de rum!
Com o passar do tempo, a curiosidade e o medo vão dominando o menino e estranhos visitantes aparecem atrás do capitão. Um baú arrombado e um mapa do tesouro são o início de uma grande aventura em alto-mar.
O QUE EU ACHEI?!
Eu comecei essa aventura há muitos anos, em uma edição da L&PM, mas, quando cheguei na famosa Ilha do Tesouro, acabei parando e não lembro o porquê. Agora, mais de uma década depois, resolvi me aventurar novamente nessas águas infestadas de piratas e, como me apaixonei pela história, a edição da Antofágica ajudou bastante a transformar ainda mais a experiência com todos os seus pequenos detalhes.
Esse é um daqueles livros em que toda hora está acontecendo algo. É aquele corre-corre que deixa o leitor até sem fôlego e sem vontade de fechar o livro. Com personagens intrigantes e bem construídos, que nos mostram que todos temos mais de um lado e que somos seres imperfeitos – tanto com coisas boas quanto ruins dentro de nós – e que somos passíveis de falhas, mesmo quando temos as melhores das intenções.
CURIOSIDADES E AMBIENTAÇÃO
Publicada pela primeira vez em 1883, a obra começou a ser escrita pelo autor em 1881 para o divertimento de seu enteado, Samuel Lloys Osbourne, que, na época tinha doze anos, assim como nosso personagem principal. O livro, inclusive, contém uma dedicatória ao menino e, depois acabei descobrindo, o mapa da ilha foi desenhado pelos dois.
Uma curiosidade interessante é que essa foi a primeira história de pirata na qual o local onde o tesouro foi enterrado é marcado no mapa com um grande X, uma coisa tão comum hoje em dia. Esse foi o livro que moldou como imaginamos os piratas.
Vocês sabiam que Jolly Roger é o nome genérico para qualquer bandeira pirata?!
TERMÔMETRO DO CLÁSSICO
Título: A Ilha do Tesouro | Autora: R. L. Stevenson | Editora: Antofágica | Tradução: Samir Machado | Páginas: 368
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