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Jogos de Herança, de Jennifer Lynn Barnes | Resenha

Jogos de Herança, de Jennifer Lynn Barnes

‘Jogos de Herança’: desvende este enigma

E se, de uma hora para outra, a sua vida mudasse completamente? Muitos dizem “sorte no jogo, azar no amor”, mas, talvez, essa “sorte” pode trazer outras consequências. E o jogo se mostrar totalmente imprevisível, enigmático e também mortal. Impossível não querer falar através de charadas ou deixar pistas ao citar Jogos de Herança, de Jennifer Lynn Barnes, publicado pela editora Alt.

Após perder a mãe, Avery tem como único objetivo terminar o ensino médio e conseguir uma bolsa de estudos para a faculdade. Até que tudo muda quando ela descobre que herdou toda a fortuna do bilionário Tobias Hawthorne. O problema é que Avery não conhece nem nunca viu Tobias na vida. Só que, para receber o dinheiro, Avery precisa se mudar para a mansão do magnata, cheia de quebra-cabeças, enigmas e códigos, que eram a paixão dele. Como se ainda não fosse o bastante, Avery terá que conviver com a família de Tobias, que mora na propriedade, incluindo seus quatro netos. Agora, a menina percebe que terá que jogar sozinha para sobreviver literalmente num mundo cheio de riquezas, mistérios e privilégios.

Um livro altamente viciante

Antes de qualquer coisa, preciso avisar: Jogos de Herança é um livro viciante. Portanto, se você ainda não leu e pretende fazê-lo – aliás, eu recomendo fortemente que você leia o mais rápido possível -, saiba que provavelmente sua vida irá parar até você concluir a leitura. Porque a escrita de Jennifer é ágil, objetiva e extremamente instigante. A autora sabe como nos envolver em sua rede de enigmas numa narrativa repleta de reviravoltas. Com capítulos curtos, Jennifer não nos deixar largar a sua história. A cada página, novas revelações, mais peças do quebra-cabeças para montarmos junto com Avery. Quando eu percebi, estava completamente envolvida na trama, tentando desvendar todas as pistas. Adorei tudo.

Jogos de Herança, de Jennifer Lynn Barnes

Personagens enigmáticos e sedutores

A começar – e principalmente – por Avery. Há muito tempo, uma personagem não me cativava logo de cara. Pois foi exatamente isso o que aconteceu em Jogos de Herança. Desde a primeira página, me conectei com Avery e sabia que ela tinha potencial. E minhas expectativas foram superadas. Inteligente, sagaz, destemida e corajosa, ela levou brilhantemente a narrativa em primeira pessoa. E acompanhar toda essa história através das suas impressões e percepções só me fez gostar ainda mais dela, principalmente do seu raciocínio lógico e perspicaz. Virei fã mesmo.

Jogos de Herança, de Jennifer Lynn Barnes

Os Hawthorne, por sua vez, são uma atração à parte. Cada um deles com uma característica que os faz se sobressair em algum momento. Obviamente me refiro aos meninos, não ao resto da família (credo). Acho que também é a primeira vez, em muito tempo, que, em uma história com tantos personagens importantes, não posso dizer que desgostei de algum. Porque os quatro garotos Hawthorne são fascinantes e sedutores. Todos com suas bagagens e passado, que ajudam a tornar esta teia de mistérios e enigmas ainda mais atrativa e complexa. E haja química, minha gente. Só isso o que eu tenho a dizer para não entregar.

Curte charadas?

A premissa das charadas é genial. Tudo muito bem trabalhado e construído. Sem que a autora se perdesse em qualquer momento da narrativa. E, ainda por cima, desenvolvendo de maneira surpreendente os personagens e a própria história. Jogos de Herança me pegou de jeito. Me fez querer parar tudo para virar “só mais uma página”. Me fez ansiar pelo próximo momento do meu dia em que eu poderia voltar a ler. Mal posso esperar pela continuação, para reencontrar Avery e os meninos. Para sentir novamente que Jennifer está brincando comigo e me fazendo de boba com seus enigmas. Mal posso esperar!

Título: Jogos de Herança Autor: Jennifer Lynn Barnes | Editora: Alt | Tradutora: Isadora Sinay | Páginas: 432

Jornalista de coração. Leitora por vocação. Completamente apaixonada pelo universo dos livros, adoraria ser amiga da Jane Austen, desvendar símbolos com Robert Langdon, estudar em Hogwarts (e ser da Grifinória, é claro), ouvir histórias contadas pelo próprio Sidney Sheldon, conhecer Avalon e Camelot e experimentar a magia ao lado de Marion Zimmer Bradley, mas conheceu Mauricio de Sousa e Pedro Bandeira e não poderia ser mais realizada "literariamente". Ainda terá uma biblioteca em casa, tipo aquela de "A Bela e a Fera".

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