Clássicos Sem Medo #9 | As Aventuras de Pinocchio

Desculpa o sumiço gente, mas a vida está acontecendo e minhas amadas leituras ficaram um pouquinho prejudicadas no processo. Estou tentando voltar ao ritmo e entregar esse projeto como idealizei lá no início.

Nosso próximo clássico é um livro voltado para o público infantil e adaptado para os cinemas numa animação inesquecível por nada mais nada menos do que a Disney!

As Aventuras de Pinocchio, do italiano Carlo Collodi, chegou aos leitores mirins pela primeira vez no ano de 1883. Esta minha edição maravilhosa é do Instituto Mojo.

SINOPSE

Um dia, Mestre Antonio, em sua oficina, vê lá num cantinho um pedaço de lenha que seria perfeito para fazer o pé de uma mesinha. Ao começar a trabalhar, logo escuta uma voz bem baixinha: “não bata muito forte!”. Crente que estava sendo vítima de alguma peraltice infantil, olhou em todos os cantos e até do lado de fora da porta. Ao voltar ao seu projeto, escuta novamente a vozinha gritando “ai! Você me machucou!”. Muito assustado, ficou vários minutos em silêncio, tentando descobrir de onde vinha. Mas, sem qualquer suspeita e achando que era sua imaginação lhe pregando peças, pega então a plaina e, ao passá-la de cima a baixo, escutou-a de novo e, desta vez, rindo: “pare! Você está fazendo cócegas no meu corpo inteiro!”. Coberto de medo e caído no chão foi como Mestre Geppetto, seu amigo, o encontrou.

Doido para se livrar daquele pedacinho de madeira que tanto pavor lhe provocou, ele o passou a Geppetto que, em sua oficina, conseguiu transformá-lo em uma linda marionete. Ao ganhar vida, recebeu o nome de Pinocchio para dar sorte e se tornou o filho que Geppetto não tivera. Com o grande amor e dedicação do pai e a ajuda de uma linda fadinha de cabelo azul, Pinocchio vai viver muitas aventuras e se meter em grandes encrencas, até finalmente se provar merecedor de ser um menino de verdade.

O QUE EU ACHEI?!

Eu, assim como a maioria, tive meu primeiro contato com a história através da famosa animação feita pela Disney, e esse não era um dos meus filmes favoritos quando criança. “Pinocchio” e “Mogli” foram bem negligenciados pela pequena Natalia (alguns irão dizer que continuo sendo pequena) e, por isso, entrei em suas páginas sem grandes expectativas.

O foco principal do livro é mostrar a importância da família, da educação e do trabalho. A cada novo erro cometido por Pinocchio, ele mesmo consegue perceber que, se fosse um bom menino e obedecesse aos mais velhos e a seus ensinamentos, ele não teria se encrencado.

Durante a leitura, fui surpreendida – mais de uma vez – com algumas passagens violentas e cruéis – que, de certa maneira, não esperamos encontrar em um livro infantil -, mostrando quanto o modo como as coisas são colocadas para os pequenos se modificou. Não sei se eu leria Pinocchio para crianças. De modo geral, é uma leitura fácil, com linguagem simples e capítulos bem curtinhos.

CURIOSIDADES E AMBIENTAÇÃO

O nome de batismo do autor era Carlo Lorenzini e ele adotou o sobrenome Collodi a partir de 1856, como forma de honrar o vilarejo natal de sua mãe. Nascido na cidade de Florença, na Toscana, foi um jornalista de sucesso, escrevendo artigos para jornais de toda a Itália, e, inclusive, fundou o seu próprio jornal, “Il Lampione”, em 1848.

Em 1881, junto com Eugenio Mazzanti (ilustrador), começou a publicar no primeiro periódico voltado para o público infantil, o “Giornale per i bambini”, a “Storia di um burattino (História de um boneco, em tradução livre)”, que posteriormente foi compilado em um livro e passou a ser conhecido como As Aventuras do Pinocchio.

E o que significa Pinocchio afinal?! Há quem diga que Pinocchio é, no dialeto toscano antigo, a palavra para pinhão.

TERMÔMETRO DO CLÁSSICO – mais difícil, mas o medo passa longe