O Sol Perdido, de Luiz Henrique Mazzaron | Resenha
‘O Sol Perdido’: Uma aventura por Illusa
Olá, pessoal! O livro de hoje é O Sol Perdido, volume I da trilogia As Lendas de Illusa, do escritor e amigo Luiz Henrique Mazzaron, publicado pela Editora Arwen – e, só para constar, o foco da Arwen são as obras nacionais. Uhul! Estou muito animada! Ou seja, boas notícias – se bem que, do jeito que eu sou perturbada, é bem capaz de me animar para derramar sangue literário aqui.
Mas, calma, as notícias são boas mesmo. Porque eu apostei nesse livro e não me desapontei. Valeu, Mazzaron. Sou sua fã, hein!
Esse livro, na verdade, é uma grande viagem ao mundo de Illusa – o universo no qual se passa a história, uma criação do autor. E que viagem bacana! Curti muito!
O Sol Perdido é um livro fácil de ler – apenas uma hora de leitura era o suficiente para deixar mais de 60 páginas para trás numa boa – e muito, muito criativo.
Mas permitam-me agora fazer um resumo da história.
O início é bem explicativo. Já de cara, o autor explica o que está acontecendo em Illusa, que está passando por sérios problemas em detrimento do misterioso desaparecimento do seu rei. Também nos explica o início da vida do personagem que eu tomei como protagonista, o Erik, e como ele veio a se tornar um membro do grupo de ladrões conhecido como Raposas Prateadas.
E essa característica explicativa garante que o leitor não se perca no meio da narração por causa de falta de detalhes ou explicações. Legal isso.
A partir daí, começa a narração, em terceira pessoa, do que de fato está acontecendo em Illusa e naquele momento da vida do Erik. Illusa, por estar sem seu rei, se vê sob o comando da rainha, que não é a pessoa mais indicada para governar – ou seja, o reino e o povo estão numa pindaíba terrível – e o controle acaba por cair nas mãos de Ismar, o irmão do rei.
Vai ter que ler o livro para saber como isso acontece. Mas eu vou dar uma dica e plantar a semente da curiosidade: tem magia negra na história!
Mas os problemas não terminam aí, é claro. Seria muito sem graça se fosse só isso. A treta mesmo está no fato de que, depois de um fracasso colossal do que seria o golpe do século dos Raposas Prateadas, eles acabam nas mãos da realeza, que está sendo controlada pelo nojento do Ismar, que vai tentar – e conseguir – tirar vantagem da situação dos Raposas Prateadas capturados.
E é assim que Erik e os seus amigos ladrões se veem em uma aventura cheia de tudo o que você possa imaginar – e talvez mais – junto com agentes da realeza, que eles – a ralé, os plebeus, os pobretões que nem eu – odeiam com todas as forças.
A porradaria corre o risco de rolar solta entre eles algumas vezes ao longo do livro. E isso é ótimo, porque faz o leitor escolher um dos lados e se apegar aos personagens com mais facilidade. Muito bom! Sem falar que distribuição de pancada gratuita é sempre uma coisa divertida.
Enfim, se quiserem saber o que acontece durante essa jornada, sugiro e recomendo que leiam o livro. Vale a pena.
Uma coisa que me chamou muito a atenção foram os personagens. Porque são muitos e são todos muito bem trabalhados. De fato, quanto mais personagens você tem na sua obra, mais difícil é dar atenção a todos eles. Mas Mazzaron conseguiu fazer isso bastante bem, o que é ótimo, porque faz com que o leitor naturalmente se apegue ao personagem que mais lhe chamar a atenção. Mandou bem, Mazzaron! Obs: eu me apeguei muito ao Ven. Adoro o Ven. Mazzaron, não mate o Ven.
Quem é Ven?
Só lendo o livro para saber.
A narração também não podia ser melhor: em terceira pessoa, que é capaz de dar atenção à todos os personagens, independente de seu protagonismo. Sem falar da forma extremamente simples com que foi desenvolvida. E foi justamente essa simplicidade que tornou o texto belo e agradável. Por isso a leitura flui. Muito bom.
Um fator que me chamou bastante – bastante mesmo – a atenção foi o tempo no qual se passa a história. De início, eu pensei que fosse uma fantasia medieval. Normal. Depois, apareceram algumas coisas que me fizeram pensar: “ué…”. Até que, por fim, minhas dúvidas acabaram – e o fato de se conhecer o autor e poder falar com ele ajuda bastante. O tempo da trama é também fictício! E isso, meus amores, é sensacional. Aí vocês perguntam: “por quê, Carol?”. Eu explico. O tempo ficcional pode ser do jeito que o autor E o leitor quiserem. Por quê? Porque está tudo na cabeça. Nesse caso, a imaginação é que trabalha e não tem limites para ela. Mazzaron criou um tempo que não é nem presente, nem passado e nem uma hipótese de futuro. Ele apenas é – #filosofei. E isso, meus queridos, é muito bacana.
Talvez – só talvez – eu tenha me empolgado um pouco. Mas é que eu adoro isso!
Ah, mais uma coisa. Achei o título muito coerente e criativo. Ponto positivo! E, ao longo do livro, há ilustrações – três, para ser exata – e ficaram ótimas.
Quanto ao trabalho da editora, está bom. Sinceramente, poderia, sim, estar melhor. Mas não está ruim de forma alguma. A revisão está razoável – encontrei um pouquinho mais de erros do que gostaria, mas nada que comprometa a leitura -, a diagramação está bacana – só me incomodou o desenho do Sol no verso da folha que antecede o início de cada capítulo, porque a imagem não apresentou uma boa qualidade de impressão, parece que colocaram uma figura pequena e a esticaram demais; também não curti muito o estilo das letras nos títulos dos capítulos, mas isso é meio irrelevante, é que eu sou fresca mesmo -, a fonte está boa para a leitura, o papel é bom, a capa está razoável – podia estar bem melhor, mas não está ruim. Ah, e o tamanho do livro – um pouco menor do que o normal, como um livreto – ficou ótimo, porque dá para carregar na bolsa numa boa. Um bom trabalho da Editora Arwen.que eu adoro isso! = pouco. Mas umiou um tempo que n autor E o leitor quiserem. Por quas que me fizeram pensar: uo belo.
O Sol Perdido é um livro completo. Vê-se em suas páginas romance, mistério, drama, fantasia, humor, um pouquinho de ciência – o autor tenta dar uma explicação, mesmo que bem fantasiosa, a tudo – e uma gota de terror – mas nada que possa te fazer gritar apavorado durante a noite, fiquem tranquilos. Uma ficção fantástica em sua forma mais simples, ambientada em um universo fictício cheio de magia e mistério, e muito rico em detalhes. É o tipo de livro que dá orgulho de dizer que é nacional.
Recomendo a leitura.
Ah, Mazzaron, pode fazer o imenso favor de escrever logo o segundo volume? Sua fã aqui está ansiosa.
2 Comentários
Philippe Alencar
Essa resenha me ajudou muito e me deixou ainda mais curioso sobre O Sol Perdido. Logo o meu vai chegar, assim como o teu Irmandade de Copra! 😀
Caroline Defanti
O livro é realmente ótimo! E você conhece o Mazzaron, né. Figuraça. Agora imagine o livro dele. É muito bom. rsrsrs
Awn, espero que goste do Irmandade. <3