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O mestre dos contos de fadas

Logo que nascemos, já começamos a acumular diversas conquistas, desde os primeiros passos até pronunciar as primeiras palavras. Mas, sem dúvida, nossa principal realização no início da vida é aprender a ler. A partir do momento em que as letras tomam a forma de palavras e estas começam a fazer sentido, um novo mundo surge bem diante de nossos ainda pequenos e inocentes olhos. Podemos até não entender direito ou absorver completamente o significado do que isso trará para o resto da vida, mas a sensação de liberdade é indescritível. A maioria deve se lembrar do momento em que a clareza se fez presente e incitou algo que, para muitos, não é apenas uma necessidade, obrigação ou paixão, mas um vício: a prática da leitura. Ter contato com os livros desde cedo é fundamental para um bom desenvolvimento e o estímulo à criatividade das crianças. E hoje, no Dia Internacional do Livro, não poderíamos deixar de lembrar e de homenagear um dos principais responsáveis para que as histórias que tanto nos marcaram e são contadas por várias gerações fizessem parte da nossa realidade: Hans Christian Andersen.

Divulgação
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Nascido em 2 de abril de 1805, na Dinamarca, Hans Christian Andersen era de família pobre, mas as dificuldades da vida foram os grande propulsores de sua imaginação. Filho de um jovem sapateiro e de uma lavadeira, viveu durante anos com a família em um único quarto. Mesmo com as condições precárias, seu pai sempre o incentivou em relação aos estudos e principalmente à leitura, ao contar-lhe histórias e, posteriormente, dando-lhe de presente um teatrinho de marionetes, estimulando também o gosto do rapaz pelo teatro. Além de apresentar peças clássicas, Hans chegou a memorizar algumas obras de ninguém menos que William Shakespeare para encenar com seus bonecos. Porém, o garoto foi obrigado a amadurecer mais cedo após a morte do pai, quando tinha apenas 11 anos, e largou a escola para sustentar a família. Aos 14, mudou-se para Copenhage para tentar investir na carreira de ator e foi aceito no Teatro Real da Dinamarca.

Sua introdução à leitura teve início após a sugestão de um colega do teatro, que lhe chamou de poeta. E é a partir daí que Hans sai do anonimato para mudar a vida de pequenos leitores ao redor do mundo, e também de adultos, é claro. Você pode até não reconhecer o seu nome, mas certamente já leu alguma de suas obras, entre elas O Patinho Feio, Os Sapatinhos Vermelhos, O Soldadinho de Chumbo, A Polegarzinha e A Pequena Sereia. Sim, todos esses clássicos que estiveram tão presentes em nossa infância e nos ajudaram a conhecer um mundo novo de personagens e histórias fascinantes saíram da mente brilhante, sensível e criativa de Hans Christian Andersen, numa época em que eram raros os livros voltados para as crianças. Inclusive, ele é tido por estudiosos como a “primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças”.

Algumas das principais obras do autor
Algumas das principais obras do autor

O diferencial em suas obras estava no fato de que Hans buscava sempre passar bons exemplos para os leitores, destacando o que ele imaginava ser um comportamento adequado para a sociedade, a partir da defesa de direitos iguais para todos. Para isso, o escritor fazia questão de apontar os confrontos entre poderosos e desprotegidos, fortes e fracos. Sua contribuição para a literatura infanto-juvenil resultou na instauração do Dia Internacional do Livro Infantil, na data de seu aniversário. Hans ainda dá nome ao mais importante prêmio internacional do gênero; a medalha Hans Christian Andersen é oferecida anualmente pela International Board on Books for Young People (IBBY) aos maiores nomes da literatura nessa categoria, sendo a escritora Lygia Bojunga a primeira representante brasileira a recebê-la, em 1982. Em 2005, o autor também foi homenageado no Brasil, servindo de inspiração para o enredo intitulado Uma Delirante Confusão Fabulística, da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, que lembrou os 200 anos de seu nascimento. Seja qual for a sua idade, o legado de Hans Christian Andersen seguirá intacto e encantando milhares de gerações de leitores. E todos nós, que viajamos em suas histórias e crescemos com seus personagens, só podemos deixar os nossos parabéns e muito obrigada!

 Para quem gosta de carnaval, confira o compacto do desfile de 2005 da Imperatriz Leopoldinense homenageando Hans Christian Andersen:

 

Jornalista de coração. Leitora por vocação. Completamente apaixonada pelo universo dos livros, adoraria ser amiga da Jane Austen, desvendar símbolos com Robert Langdon, estudar em Hogwarts (e ser da Grifinória, é claro), ouvir histórias contadas pelo próprio Sidney Sheldon, conhecer Avalon e Camelot e experimentar a magia ao lado de Marion Zimmer Bradley, mas conheceu Mauricio de Sousa e Pedro Bandeira e não poderia ser mais realizada "literariamente". Ainda terá uma biblioteca em casa, tipo aquela de "A Bela e a Fera".

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