Teatro
A vida é como uma peça de teatro.
Nós somos escritores, diretores e atores. Escrevemos mais uma página a cada dia. Além de escrevê-las, temos de interpretá-las, afinal, somos os protagonistas da obra.
No dia a dia (de página em página), somos obrigados a interpretar um pouco de cada gênero, seja drama, comédia, suspense, romance ou outro qualquer, com direito a uma vasta trilha sonora que, por muitas vezes, narra por si só a nossa história.
Engraçado é que, como donos da peça, nós temos o poder de escolher os personagens que vão atuar e contracenar conosco, mas, em muitos casos, pessoas (atores) entram em nossa peça sem que nós planejássemos e algumas chegam a assumir papéis importantes e substituem outras que nós fazíamos questão que estivessem em nossa peça, mas que não atuaram como esperávamos.
Nesta obra, vários atores entram e saem. Alguns estão nela desde sempre, nos apoiam a continuar escrevendo a nossa história e até escrevem algumas páginas. Muitos desses merecem (e têm) um capítulo dedicado somente a eles. Outros são coadjuvantes. Tem atores que entram só de passagem e já saem. Há também os que entram, fazem uma grande cena e, logo, finalizam a sua participação e aqueles que são de outra história totalmente diferente, mas acabam fazendo parte da nossa.
Há dias em que somos ótimos intérpretes, sorrimos mesmo quando tristes e choramos mesmo em tempos de felicidade. Mas há sempre aqueles dias em que nenhum profissionalismo funciona, que nada nos tira uma risada. É, vida de ator não é mole.
O segredo de atuar neste espetáculo é interpretá-lo com verdade e nunca decorar as falas. Ele deve ser feito no improviso e fluir naturalmente. Como bons profissionais, para que possamos atuar cada vez melhor, temos que aprender com os erros de atuação e, principalmente, sermos bons escritores e pensar muito bem em cada palavra que escrevemos, pois nessa peça não há borracha.
*Jean Carlo Barusso é graduando de Publicidade e Propaganda e de Letras. Quer ser redator, escritor, roteirista, ou qualquer coisa que envolva a escrita