O Silêncio da Casa Fria, de Laura Purcell | Resenha

Lançamento da DarkSide Books de 2020, O Silêncio da Casa Fria, da autora inglesa Laura Purcell, tem angariado leitores com desejo por coisas horripilantes. A obra tem feito um enorme sucesso e ganhou, inclusive, o prêmio WHSmith Thumping Good Read Award de 2018.

Elsie cresceu na fábrica de fósforos da família e, quando a situação ficou complicada e eles precisaram de um novo investidor, conheceu Rupert, com quem se casou. Poucas semanas após o casamento, e com a notícia feliz de que esperava um filho, o marido, que tinha ido até a casa ancestral abandonada da família para deixá-la em bom estado para eles, morre de maneira misteriosa. Seu irmão acha melhor que ela saia de Londres após o ocorrido e se refugie na Ponte (nome da casa da família do marido). Acompanhada somente de Sarah, prima de Rupert, e de alguns poucos empregados que já estavam na casa, ela passa a presenciar e a escutar coisas estranhas que vão, pouco a pouco, a consumindo.

A história é contada em três períodos de tempo. O primeiro, em 1635, através do diário de Anne Bainbridge, uma ancestral de Rupert e Sarah. O segundo, em 1865, quando Elsie se muda para a Ponte. E, por último, em um ano não definido, quando Elsie está internada.

Acho que há muito tempo eu não lia um livro de terror/suspense que me deixasse tão agoniada e, ao mesmo tempo, tão ávida para descobrir tudo sobre a história. Ela me deu calafrios!!!! Com cenas espetaculares, que fazem com que, mesmo após fechar o livro, você continue olhando para os lados, esperando que algo simplesmente surja ao seu lado. Toda a ambientação tornou a história ainda mais gostosa e assustadora, funcionando tão bem quanto qualquer personagem.

A leitura é absolutamente fluida, com vários pontos entrelaçados. O que eu achei maravilhoso e totalmente diferente de tudo o que eu já li. E o final fechou com chave de ouro a narrativa. Quantos segredos uma casa antiga e por tanto tempo desabitada é capaz de guardar?

Título: O Silêncio da Casa Fria | Autora: Laura Purcell | Tradutora: Camila Fernandes  | Editora: DarkSide Books | Páginas: 242