O Parthenon Místico, de Enéias Tavares | Resenha
‘O Parthenon Místico’: steampunk e aventura nacional
Finalmente atinei de ler O Parthenon Místico, de Eneias Tavares, publicado pela DarkSide. Foi um livro razoavelmente hypado na época do lançamento e muito elogiado, até onde vi.
Conheça ‘O Parthenon Místico’
O Parthenon Místico — eu simplesmente adorei esse nome — nada mais é do que um grupo de valentes justiceiros — um total de nove sujeitos, só um pouquinho excêntricos —, cujo objetivo é combater a Ordem Positivista, que é outro grupo, só que bem menos legal — são basicamente os caras maus, e bota maus nisso.
Acho imperativo dizer que o universo e personagens e O Parthenon Místico são os mesmo de Brasiliana Steampunk, uma série criada anteriormente pelo autor — mas ele garante não ser necessária a leitura das outras obras para entender essa.
E eu estou confirmando, porque não li Brasiliana Steampunk, mas entendi tudo o que se passa em O Parthenon Místico — se houve algo que perdi, não percebi.
O desenvolvimento da narrativa
A história é contada em primeira pessoa, nas vozes de praticamente todos os personagens, através de seus registros em noitários e/ou gravações. E é justamente nessa parte que eu encontrei algo que considero um problema, que foi o fato de não ter conseguido distinguir as vozes dos personagens. Parece que todos são a mesma pessoa, porque falam de maneira igual.
Isso tornou impossível que eu me apegasse a algum personagem, o que tornou boa parte da jornada meio enfadonha. Foi mais para o final, quando as coisas começaram a andar mais rápido, que eu me interessei realmente pela história.
Mas, para todos os efeitos, eu gostei do final, acho que os problemas propostos foram resolvidos e, ao mesmo tempo, o autor deixou margem para uma continuação.
O autor optou por usar uma linguagem com termos antigos e, apesar de não ver necessidade disso propriamente, achei interessante.
Livro físico
Quanto ao material físico, tudo é bem bonito, como se espera da DarkSide. Capa chamativa, embora totalmente genérica — não vi nenhuma ligação direta com a história, além do metal do steampunk. Mas isso nem é incômodo se comparada à diagramação, que eu achei apenas sofrível.
Não posso dizer que O Parthenon Místico superou minhas expectativas, mas posso dizer que curti a leitura.
Título: O Parthenon Místico | Autor: Eneias Tavares | Ilustradora: Ana Koehler | Editora: Darkside | Páginas: 352
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