Entrevistas

Live Arqueiro: Lucinda Riley

Declarações de amor ao Brasil, mais amor pelos livros e muitas, muitas histórias. Essa foi a essência da live com a autora Lucinda Riley no Instagram da Arqueiro. A escritora se junta a outros nomes internacionais da editora que já conversaram com os leitores brasileiros, ao longo do último mês, como Harlan Coben, Julia Quinn, A.J. Finn, Jenny Colgan e Camilla Läckberg.

Perdeu a live com Lucinda Riley? Não preocupe que a gente fez um resumo com os principais tópicos:

Reprodução Instagram

Melhor que a ficção

Com milhares de livros vendidos no mundo tudo e 27 anos de carreira, a própria história de como Lucinda começou a escrever parece ter saído de um livro.

“Desde pequena, eu sempre gostei de histórias”, afirmou. “Eu era bailarina, um diretor de elenco me viu e, assim eu virei uma atriz. Eu sempre pensava em melhorar os roteiros que recebia. Quando eu tinha 23 anos, fiquei doente e escrevi um livro todo a mão. Mandei para um agente, ele pediu para eu escrever no computador, então eu tive que vender o meu vestido de casamento para comprar um computador. E foi assim que eu consegui um contrato de três livros”.

As Sete Irmãs

É claro que, num papo com Lucinda Riley, o assunto principal não poderia ser outro: a série As Sete Irmãs, publicada pela Arqueiro. E o que todo mundo queria saber era sobre o final e consequentemente a revelação do grande mistério de Pa Salt (o pai das irmãs). Lucinda deu algumas pistas e disse ter certeza de onde quer chegar no último livro.

“Eu sei exatamente aonde ir com o livro sete”, informou. “Eu queria que tudo isto (pandemia) terminasse logo para que eu possa me sentar e escrever. Em todos os livros existem pistas sobre o mistério de Pa Salt. No livro sete, vocês vão descobrir muito mais e desvendar o mistério. Eu contei para o meu marido o fim da série, a história de Pa Salt. Nós estávamos dirigindo até a França e, como a viagem é muito longa, ele estava muito cansado e entediado. Eu contei tudo para ele, mas, no dia seguinte, ele não lembrava de nada, dizendo que estava muito concentrado na direção. Pelo menos, ele não vai contar nada pra ninguém (risos)”.

Agora quando o assunto foi com qual irmã ela se identifica mais, Lucinda até tentou se esquivar e declarou que é difícil escolher uma. Mas acabou entregando.

“Todas elas têm um pouco de mim”, garantiu. “É como ter filhos. É difícil escolher qual é a mais próxima de mim, mas acho que, se tivesse mesmo que escolher, seria Tiggy, a protagonista de A Irmã da Lua”.

A live também reservou surpresas para os leitores. Incluindo a divulgação de capa, título e data prevista de lançamento do sexto livro da série. A Irmã do Sol está previsto aqui no Brasil para outubro deste ano.

Reprodução Instagram

E, com tantos livros, histórias e lugares, Lucinda se envolve profundamente com a escrita, tanto que ela chega a morar nos países aonde os livros se passam, dentre eles o Brasil (o primeiro livro se passa no Rio de Janeiro).

“Pode soar ruim, mas eu escolhi os meus países favoritos para escrever a série”, explicou. “Não é apenas fazer um tour ou estar de férias, mas é morar um tempo no lugar, pesquisar mesmo. É diferente de fazer uma pesquisa na internet. Não é só a beleza dos países, mas é a beleza das pessoas. Eu sempre quis vir ao Brasil e, quando cheguei e vi o Cristo e ouvi histórias sobre o povo e as pessoas que moravam aí, pensei que a série tinha que começar no Brasil e isso me deu uma desculpa para voltar ao país”.

Sobre os seus livros individuais, Lucinda reiterou que caberá sempre à demanda dos leitores.

“Eu escrevo há 27 anos e tenho livros que ainda não foram publicados no Brasil”, apontou. “Se os leitores ainda querem ler os meus livros, tem muito mais. Por enquanto, eu estou focada na série das irmãs, mas tem mais coisa vindo ai”.

Adaptação para  TV

Para alegria e ansiedade geral dos leitores, Lucinda confirmou que, sim, As Sete Irmãs serão adaptadas para a TV. E não só isso. A escritora ainda tranquilizou todos ao garantir que está participando diretamente de todo o processo, porém, informou que ainda deve demorar alguns anos para que finalmente possamos assistir.

“Vou precisar de terapia depois de terminar esta série”, ressaltou. “Ela está sendo desenvolvida para uma série de TV, mas é um processo que leva anos. É uma série grande que será filmada no mundo todo. Eu quero que a adaptação faça jus aos livros. Estou muito envolvida no processo de adaptação. Inclusive, irei co-escrever alguns dos roteiros. Eu terei muito controle neste processo. Nenhuma decisão vai ser tomada sem a minha presença. E isso deverá tomar muito tempo da minha vida, então eu não vou me despedir das irmãs tão cedo. Ainda deve levar entre um ano a 18 meses para começarem as filmagens, devido à pandemia”.

Conselho

Para os iniciantes na carreira, Lucinda foi taxativa em seu conselho: escrever sem parar.

“Escrevam toda a história até o fim porque esta é a parte mais difícil”, concluiu. “Não releia antes de terminar. Sim, você vai cometer erros ortográficos. Sim, terão coisas que você vai querer corrigir ou refazer. Talvez, você tenha que editar metade do livro, mas o importante é que, no final, você terá os seus personagens e o seu enredo. É assim que eu escrevo até hoje.”

Amor pelo Brasil

Apaixonada pelo Brasil, Lucinda disse que voltaria para o Brasil assim que pudesse, logo no início do papo. E terminou a live com um recado muito carinhoso para os fãs brasileiros.

“Se eu pudesse, eu iria para o Brasil amanhã”, declarou. “Morei no país durante dois meses enquanto realizava pesquisas para a série Sete Irmãs e deixei uma parte do meu coração no Brasil quando fui embora. Eu te amo, Brasil! Muito obrigada pelas suas mensagens. Fiquem seguros e leiam muitos livros!”.

*Por Renata Bacellar e Juliana d’Arêde

Um comentário

  • diana

    Amo tudo que a Lucinda escreve. É gostoso e leve de se ler e sempre tenho prazer ao fazê-lo. Parabéns, Lucinda.Deus a abençoe por esse Dom. Beijo.

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