Semana Especial Intrínseca: Rick Riordan #2
Qual é o seu deus? De quem você seria filho? Descubra as nossas respostas para essa difícil missão de escolha e saiba quais são os nossos personagens preferidos!
Seguindo a Semana Especial Rick Riordan, promovida pela editora Intrínseca, chegou a hora de abrirmos o jogo e declararmos a nossa preferência, se é que isso é possível. São tantos deuses tão bem reformulados pelo autor e tantos personagens desenvolvidos com maestria e carisma, que fica muito difícil escolher um preferido, mas vamos lá. Os semideuses nunca fogem dos desafios!
Desde que comecei a ler as obras de Riordan, ficava imaginando como seria se as histórias fossem realmente verdadeiras e alguns de nós recebêssemos a dádiva (ou maldição, dependendo do ponto de vista e do seu progenitor) de ser filhos de deuses. Eu obviamente já comecei a pensar em toda a minha árvore genealógica divina e, para mim, só haveria uma opção de casa no Acampamento Meio-Sangue: a de número 6, dos filhos de Atena. Se qualquer outro Deus reivindicasse a minha paternidade/maternidade, eu negaria. Fingiria que nem era comigo, sinceramente.
Não me levem a mal, eu adoro todas as histórias da mitologia (até aquelas que a gente tem certeza de que seria necessária uma boa dose de terapia para superar), mas vamos combinar que os deuses em si não eram lá o melhor exemplo de “sociedade” ou de valores morais. Haja complexos e conflitos familiares! Nem Sônia Abrão daria conta! Por conta disso, desde que comecei a me aprofundar nesse tema, tive uma empatia instantânea com Atena. Quer dizer, olha, a mulher nasceu da cabeça de ninguém menos que Zeus (literalmente), já toda trabalhada na armadura, elmo e escudo, botando banca naquelas divindades mesquinhas e vaidosas e virou a deusa da civilização, da sabedoria, da estratégia em batalha, das artes, da justiça e da habilidade e ainda tem uma cidade com o seu nome. Nem Ares, o temido deus da Guerra, conseguia desbancá-la. E ela ainda bateu de frente e direto com Poseidon, seu próprio tio. Se isso não é poder, que Zeus jogue um raio.
Eu gosto do senso de responsabilidade e de justiça que a deusa impõe em meio a tantos conflitos e atitudes duvidosas de seus parentes mais famosos. Mesmo na série de Riordan, quando ela apareceu pela primeira vez (e eu fiquei dando gritinhos de contentamento durante a leitura, porque eu sou dessas e estava esperando muito por sua aparição) e já foi logo tratando de colocar Percy em seu lugar, essa essência foi mantida. E, ainda que, dessa vez, eu tenha ficado do lado do semideus, não pude deixar de admirá-la e de entender a sua lógica. Fora que ela também é a deusa das artes. Quer dizer, como não amá-la? Tirando a minha total falta de talento e habilidade para seguir a arquitetura, como Annabeth, com certeza, se eu fosse uma semideusa e pudesse escolher, levaria de bom grado o nome de Atena comigo.
Por isso mesmo, uma das minhas personagens preferidas já criadas por Riordan é justamente Annabeth Chase. Sim, eu sei, gente. Ela pode ser um pouco mandona e metida a sabichona, mas ela pode. É corajosa, destemida e faz de tudo para proteger seus amigos e realizar os seus sonhos. Ok, Percy também, mas acho Percy um pouco instável e, às vezes, irritante. Diferente de Magnus Chase, que, por sinal, é primo de Annabeth. Ou seja, o carisma e o talento são de família, né? Magnus é irreverente, divertido, determinado e não se leva muito a sério. Mas encara todos os obstáculos com um bom humor contagiante. Eu realmente adoro esse cara. Assim como os seus três fiéis amigos: Samirah, Blitz e Hearth. Eles são incríveis, com características muito marcantes, e completam Magnus de uma maneira muito simbólica. Sem eles, Magnus não seria um terço do personagem interessante que é. Já na parte dos deuses, Thor é de passar vergonha, não acham? Agora, gente, eu não aguento com Odin e sua paixão pelas novidades humanas, principalmente o POWER POINT! O Pai de Todos e suas apresentações didáticas são algumas das partes que mais me tiram gargalhadas nessa série. Riordan, você é genial. Alex, por outro lado, ainda permanece uma incógnita, mas simpatizei e acho que ela/ele tem MUITO potencial para os próximos livros.
Voltando para os gregos, que Atena não me escute (acho que eu seria deserdada, ou melhor, escorraçada do Olimpo), preciso dizer que curti Poseidon. Aquela bermuda praiana, o jeito meio carioca de ser e os mares… E alguém que tenha “colocado” Tyson no mundo merece um crédito! Tyson está permanentemente no meu coração! Que personagem maravilhoso, sensível, ingênuo e engraçado. Tyson é a leveza que falta a Percy. Já Grover é aquele lado cômico para aliviar a tensão das batalhas e dos perigos. Adoro aquele seu jeito extrovertido e meio “sem-noção” de bode.
Olha, provavelmente, estou esquecendo de algum personagem (se bem que, se eu esqueci, não é tão favorito assim), mas esses são os que, se essa fosse a pergunta de entrada para o Olimpo, eu lembraria na hora. Em minha humilde opinião de mortal, está aí o diferencial de Riordan e suas obras: a variedade, a diversidade de seus personagens. Cada um com uma missão, uma personalidade marcante e lições inesquecíveis. Que bom que, para nós, leitores, eles são, de fato, imortais.